Sob o céu de junho

Movimentos juvenis e crise da política nas manifestações de 2013

Autores

  • Fábio Palácio de Azevedo

Palavras-chave:

manifestações de 2013, movimentos juvenis, crise da política

Resumo

Após cinco anos das manifestações de junho de 2013, os analistas ainda devem um entendimento mais delineado sobre a natureza desse enigmático fenômeno, que condicionou o processo político posterior. Este artigo analisa a morfologia, as motivações e as bandeiras do movimento, além de suas relações com o campo político. Conclui-se que 2013 foi a arena discursiva na qual grupos de diferentes orientações testaram forças e ensaiaram movimentos. Nesse espaço de natureza comunicacional, entram em cena com força, pela primeira vez em nosso país, ideias contrárias aos partidos e à própria representação, as quais impulsionaram a crise política que ainda hoje vivenciamos. A crítica das mediações políticas abriu caminho à penetração de atores e tendências que dificilmente teriam a mesma chance no padrão tradicional de mobilizações. Nesse contexto, o movimento tornou-se presa fácil de um discurso protofascista, e terminou por abrir caminho à construção da nova hegemonia liberal-conservadora.

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Biografia do Autor

Fábio Palácio de Azevedo

Doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão. Ex-presidente do Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ).

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Como Citar

de Azevedo, F. P. (2021). Sob o céu de junho: Movimentos juvenis e crise da política nas manifestações de 2013. Juventude.Br, (16), 14–20. Recuperado de https://juventudebr.emnuvens.com.br/juventudebr/article/view/178

Edição

Seção

Artigos