Notas sobre limitações e potencialidades do conceito de protagonismo juvenil considerando movimentos sociais
Palavras-chave:
Protagonismo Juvenil, juventudes, movimentos sociais, BrasilResumo
Há um uso e abuso do conceito de protagonismo juvenil, quer por autores e agencias conservadores, quer por aqueles do campo crítico. Neste artigo acesso tal debate, reivindicando um exorcismo dialético, lembrando do par daquele conceito no teatro grego, o coro de antagonistas. Discutimos a importância de cuidar contra o simplismo em considerar como “identitarias” frentes de luta que seduzem os jovens, como as relativas ao combate ao racismo e a opressões por gênero e sexualidade. A depender da formatação teórica seriam esses sistemas de opressões estruturantes e estruturadas, de/por lutas de classes, como nos sugere Losurdo (2015), ou seja, com potencialidades de frentes antagônicas ao Neo Liberalismo. Aposta-se na crescente mobilização de jovens contra o golpe em curso no Brasil, mas, alinhada às elaborações de Houston (2013) sobre “cidadanias insurgentes” e se adverte que juventude não é necessariamente sinônimo de protagonismo por mudanças libertarias. Sublinha-se a importância de investir contra o analfabetismo político, quer em aparatos institucionais como as escolas, assim como nos movimentos sociais, inclusive partidos políticos à esquerda, ampliando o coro dos antagonistas.