O que a reforma do ensino médio não diz
a aceitação do protagonismo periférico
Palavras-chave:
Reforma do Ensino Médio, sentidos da colonização, precarianoResumo
A partir da aprovação do Projeto de Lei nº 13.415/2017 que institui a reforma do ensino médio no Brasil e com a aprovação da Reforma Trabalhista, o que se percebe é uma ação direcionada para com vistas ao retrocesso neoliberal na estrutura do emprego que se desenha também na nova formulação da formação dos quase 9 milhões de jovens brasileiros e sobretudo daqueles que estão no ensino médio público, sendo que das 8.300.194 matrículas, 146.613 rede federal, 7.026.734 redes estaduais, 56.489 redes municipais e 1.070.358 rede privada (Censo Escolar/ Inep 2015), demonstra que 84,65% das matrículas estão na rede estadual. A partir da tese central de Caio Prado Jr. sobre os sentidos da colonização, o artigo busca demonstrar como o projeto visa instituir uma educação básica pública que reforça a inclusão dos incluídos cristalizando a desigualdade social, agindo assim, contra os interesses nacionais de superação da nossa tradição histórica de aceitação de protagonismo periférico.