"Cinema, juventude e brasilidade”
Entrevista com Marcelo Ridenti
Resumo
No início da década de 1960 uma geração de jovens cineastas ofereceu grande contribuição à renovação da linguagem cinematográfica e do repertório cultural disponível para a compreensão do país. Entender o Brasil, suas singularidades e sua formação, era um eixo fundamental do projeto estético e político desta geração. Havia aí um sentimento de brasilidade que se projetava nos filmes e em outras manifestações artísticas e podia até ganhar contornos revolucionários ao defrontar-se com os desafios políticos do tempo. A relação entre esta geração e a produção cultural brasileira vem sendo investigada por Marcelo Ridenti, autor de obras importantes sobre o tema, tais como o recente Brasilidade revolucionária (São Paulo: Unesp, 2010), O fantasma da revolução brasileira (2a. Edição, São Paulo: Unesp, 2010) e Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução, do CPC à era da TV (São Paulo: Record, 2000).